Lince Ibérico

DESCRIÇÃO: O seu aspecto geral é semelhante ao de um gato de cauda curta e romba. Grandes patilhas de extremidade em ponta e orelhas  com tufos de pêlos negros nas extremidades. As partes superiores são cinzento-arruivadas, com manchas escuras sobre o dorso, flanco e membros. As patas inferiores são branco-amareladas e a extremidade da cauda é negra. A sua pegada é arredondada e similiar à do lobo, mas com as almofadas mais pequenas. As suas patas anteriores são voltadas ligeiramente para dentro e as suas garras não deixam marcas, pois são retrácteis.

HABITAT E DISTRIBUIÇÃO: Este lince é uma espécie exclusivamente ibérica que em Portugal se limita a algumas serras da Beira Baixa (serra de Malcata), Alentejo (região das Alcáçovas) e Algarve (serra de Monchique). Abriga-se entre as rochas ou nas cavidades das árvores em bosques abertos de pinheiros nas montanhas, em matas densas de silvas, giestas, tojos e estevas ricas em caça menor.

ALIMENTAÇÃO E HÁBITOS: Sai ao fim da tarde e alimenta-se de coelhos e lebres, crias de gamo e de veado e aves de solo. Quando caça é paciente, sigiloso e dotado de grande rapidez de reflexos, o que o habilita a perseguir grande parte de animais da fauna Mediterrânica. Nessa actividade eminentemente nocturna, é de particular importância a sua audição apurada e uma visão capaz de dicernir no escuro o mais pequeno movimento - de onde vem exactamente a expressão ''olho de lince''.

LONGEVIDADE: 15 anos em liberdade e 17 em cativeiro.

FACTORES DE AMEAÇA: Destruição, degradação ou fragmentação de habitats, perseguição directa pelo homem (tanto por causa da pele, como por razões de medo ou segurança) e ainda pela escassez da sua principal presa natural, o coelho bravo.

MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO: O lince corre risco sério de extinção e os raros exemplares que restam em Portugal, estão protegidos pela lei em Portugal e Espanha

NOME CIENTIFICO: Lynx Pardina